quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Garota de programa dá dicas para uma vida sexual arrebatadora


Embora eu não acredite em receitas insuperáveis para serem seguidas no sexo, sigo alguns mandamentos que sempre me levaram ao êxito. Como acredito que este seja o objetivo de muita gente (quiçá de todos) vou dividir aqui com vocês algumas dicas para potencializar o seu poder de sedução, o que, sem dúvida, vai melhorar seu desempenho sexual.

Primeira dica: seja confiante
Não vale a pena ficar se preocupando se aquela gordurinha ou celulite está muito evidente, se o peitoral não está definido ou se o cabelo não está perfeito. Somos muito presos a idealizações do conceito de beleza. É preciso entender que elas são passageiras, não são uma verdade absoluta. (O que seria da Gisele Bündchen ou do Brad Pitt na Renascença?) Reconheça-se em suas próprias vontades, convença-se de que seu corpo é o canal perfeito para obter o seu prazer e a diferença será notável.

Segunda dica: sintonia
Esse, com certeza, é o elemento fundamental. A sintonia deve começar antes mesmo do sexo. Acontece pelo olhar, no jeito de se insinuar, na roupa escolhida. Para mim, a sensualidade está muito mais no que é implícito do que em ser vulgar. Elegância, postura e "sex appeal" são a melhor combinação para atrair olhares. Uma vez feita essa conexão de interesse entre os envolvidos, tudo tende a favor de um ótimo sexo.

Terceira dica: harmonia entre os corpos
Sexo, para mim, é muito mais do que corpos nus se relacionando: é uma dança -- e, veja, nem todas as danças são aos pares. Por isso, o essencial é ser envolvente, ter o ritmo adequado. As bocas, os olhos, os corpos devem sempre procurar estar na mesma frequência. Como num tango, essa sintonia é o que vai expressar a sensualidade dos corpos. O poder do olhar nunca deve ser subestimado, nem o ritmo da respiração e, sobretudo, a confiança nos passos do outro e de si mesmo. 
Técnicas que encontramos em revistas para ter uma noite sexo incrível nem sempre vão funcionar. Ir transar com o pensamento fixo em fazer "um quadradinho de oito elevado ao cubo" pode ser muito frustrante e até mesmo broxar todo o envolvimento.
Por isso, é imprescindível estar atento às reações do parceiro. Se, por exemplo, durante o sexo oral, sua parceira não estiver com a melhor expressão possível, mude de técnica ou pergunte a ela como ela prefere. Isso não demonstra insegurança, é justamente o contrário: você é confiante o suficiente para se permitir aprender mais sobre o corpo de quem está contigo. Cada um tem suas particularidades, e descobri-las pode ser o passo que lhe trará, além de técnica, muito prazer.
Contudo, muitos parceiros não têm essa sensibilidade. Nesses casos, assuma o comando e diga do que gosta e como gosta. Não há motivo nenhum para constrangimentos. É só dizer com jeitinho. Geralmente é tiro e queda: satisfação garantida.

Quarta dica: autoconhecimento
Ainda mais importante do que dizer do que gosta é saber o que te dá prazer. Não tenha vergonha de se tocar. E digo isso a mulheres e homens. Muitas pessoas sentem vergonha do próprio sexo e até mesmo de fazer sexo. 
Acredito que o tabu social em relação ao sexo seja um dos maiores problemas. Esse distanciamento com o próprio corpo pode gerar uma frustração para a vida toda: inúmeras transas sem nem chegar perto de um orgasmo.

Dica Quente
Garotas: não se envergonhem. Apareçam nas sex shops, fucem e divirtam-se! 
Garotos: parem com essa recriminação em relação ao prazer anal. Afinal, uma das maiores zonas erógenas de vocês situa-se bem ali. Qual o problema em explorá-la? Um simples orifício seria mesmo motivo para tanta baboseira? De novo, o tabu social. Não seja tacanho!

Quinta dica: redescoberta
Por fim, acredito que a curiosidade é o que move desejos e apimenta relacionamentos. Procure atingir um nível de cumplicidade em suas relações para sentir-se à vontade para expor suas fantasias. Descobrir novos prazeres ajuda a ter autoconhecimento e a derrubar barreiras do que é certo e o que é errado. 
Dou um exemplo: aposto que você, leitora heterossexual comprometida, já ouviu de seu marido, namorado ou "affair" um pedido de "ménage". Pense bem: será que você nunca sentiu vontade ou curiosidade de estar com outra mulher? Nem um pouquinho?
Digo isso porque muitas mulheres já me escreveram dizendo que nunca tiveram coragem, mas que, depois de me ver, sentiram vontade e estariam dispostas a tentar. Acho isso o máximo. Não só por ser eu a sortuda que conhece e prova tanta gente bacana, mas porque sei que a chance dessas relações caírem na monotonia é mínima, pois o casal está aberto a novas vivências.
Outro fetiche, no caso de uma relação heterossexual e monogâmica, é a tão comentada inversão de papéis. Eu sei quão difícil é, para muitos homens, falar disso com a parceira, mas acho relevante dizer que muitos me procuram para realizar esse tipo de fantasia que, na maioria das vezes, não tem nada a ver com homossexualidade. Esse ato não se diferencia muito da utilização de fantasias de empregada, de colegial, de enfermeira ou de uma cueca de couro. O que acontece é apenas um deslocamento de funções, de representações, de projeções de postura. Qual o problema da mulher comandar a situação e penetrar seu parceiro? Nenhuma. Além disso, o prazer de ser a dominadora é indescritível.
Bem, esses foram apenas alguns palpites de quem, além de profissional, já tem uma certa experiência na área. Claro, existem tantos pontos a ser discutidos e aprofundados quanto existem zonas erógenas em nosso corpo. Por ora, deixo uma breve citação que muito sintetiza meu pensamento em relação ao sexo bem desfrutado:

"…nada nem ninguém é mais importante do que nós próprios. E não devemos negar-nos nenhum prazer, nenhuma experiência, nenhuma satisfação desculpando-nos com a moral, a religião ou os costumes" – Marquês de Sade.



Publicado em 16/10/2014

Fonte: UOL Mulher

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